terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Capítulo 1: Parte 2 - Shrine Bar

   Veja bem, caro espectador da história infame. Quando se vai à um bar, normalmente, se pede uma bebida forte, ou algo pra te fazer cair e não levantar mais. Porém, nosso pequeno viajante tem a cara-de-pau de pedir uma limonada! Que piada! Olhe bem o que acontece com pessoas que fazem coisas como esta:

  Taberneiro - Limonada? Tá achando que tá onde, moleque? Vai chamar a sua mãe aqui agora! Há, há. É só o que me faltava... Limonada... *tsc,tsc*

   Nero - *Ugh* Certo, certo. Me vê alguma bebida que você indique então.

   Taberneiro - Há há! Toma um Coiote Cinzento aí!

   Caro espectador, PS.: Coiote Cinzento era o nome de uma bebida fortíssima que misturava uma cachaça tão forte com um licor extremamente amargo, e que, literalmente, possui fluidos corporais de um coiote!!! Poderíamos dizer que, isso sim era bebida de macho! Rs' Enfim, continuando...

   Naquele momento em que Nero colocou um só gole da bebida em sua boca, sentiu um gosto tão amargo, mas tão amargo, que se segurou para não vomitar ali mesmo. Enquanto isso, o taberneiro apenas ria.
   Depois de "tentar" tomar o tal Coiote Cinzento, o viajante viu que alguém sentara ao seu lado ( direito, pois ao esquerdo estava um guerreiro bêbado tão mamado que já adormecera com os olhos abertos fazia tempos.
    A pessoa que sentou-se ao seu lado vestia um capuz negro, que cobria seu rosto, e partes de seu corpo, mas pelo pouco que Nero conseguiu enxergar, já deu pra notar que não era alguém de bom grado, pois tinha uma adaga presa em sua cintura.


   Nota: Naquele tempo, muitas pessoas que frequentavam os bares eram viajantes, que na maioria das vezes eram perseguidos pelo exército governamental, portanto, o uso de capuzes por parte daquelas pessoas era indispensável. Até o próprio Nero utilizava um.


   De repente, depois de pedir uma bebida ao taberneiro, o viajante coberto pelo capuz se virou para Nero e comentou:

   Viajante - O quê faz por estas bandas, forasteiro?

   Nero se viu tentado a responder à pergunta, mas sentiu que era má ideia sair por aí contando seu rumo pra um qualquer.

   Viajante - Você não fala muito mesmo, né? Qualé! E se eu lhe pagar uma bebida? *Rs'*

    Nero - Não tenho obrigação de responder à nada vindo de uma pessoa que sequer mostra seu rosto para comigo.

   Na hora, o viajante se virou e puxou o capuz, mostrando uma figura totalmente inesperada.

   Nero - Mas o quê--?  O quê diabos é você?

   Viajante - Ué? Fica assustado quando vê mulheres? Rs' Prazer, pode me chamar de Cherry. - e apertou a mão de Nero.

    Nero - Não é isso! O quê são essas--

    Cherry - Orelhas pontudas? Espantado? Este bar, o Bar Shrine, é conhecido pelas diversas raças que o visitam. Qualé! Você já deve ter visto alguém diferente por aqui, não é?

    Na hora em que ela comentou aquilo, Nero se virou para trás, e viu que o bar todo estava infestado de pessoas totalmente estranhas! Algumas com chifres, outras com orelhas grandes, outras com a pele roxa...

   Cherry - Não se preocupe. Dentro deste estabelecimento, nada de mal pode lhe acontecer. Apenas relaxe um pouco. Vejo que pediu algo bem forte, hein? Coiote... Esse troço é nojento! *ugh* - e fez uma careta com a língua pra fora.

   Nero -  Rs'  Você é engraçada. Prazer, sou Nero, venho de muito longe, por isso não sei quase nada destas terras. Será que podia me ajudar?

   Cherry - Claro! Mas saiba que tudo tem um preço.

   Nero - Diga logo. Não faça mistério. O quê quer?

   Cherry - Quero que me ajude! - sussurrou no ouvido de Nero.

   Nero - O quê?! Como assim?

   A viajante então se virou e saiu em passos largos do bar.

   Nero - Mas que estranho... Quê será que ela queria?

   Taberneiro - Ela é estranha mesmo, relaxe. Tentar entender a Cherryzinha é algo complexo demais.

   Nero - É né...

    O taberneiro então olhou meio torto pra Nero e perguntou:

    Taberneiro - São 30K.

   Espectador, Nota:  K era a moeda daquela sociedade, que significava King, ou Rei. Era uma moeda universal, utilizada em praticamente todos os estabelecimentos que trabalhavam pro governo mundial. Um K equivalia a 20 moedas de bronze, ou 10 moedas de prata, ou 5 moedas de ouro.

    Nero - Certo, certo...

   Ele então pôs a mão no bolso e viu que não tinha nada ali. Naquele momento, ele se desesperou completamente, pois o taberneiro já estava lhe olhando feio, e Nero sabia que tinha de arranjar o dinheiro, pois o homem era quase duas vezes maior do que ele.

    Nero - Erm... Hihi.... A-Aceita gratidão?

    Em sua mente, apenas uma palavra se repetia em um tom tão nervoso quanto possível:


     Nero - CHEEEERRY!!!!!!



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