sábado, 28 de janeiro de 2012

Capítulo 2: Parte 1 - Helix

   Depois de andarem alguns dias, Nero e Cherry chegaram à uma cidadezinha pequena, fechada e estreita.

   Cherry - A gente tá indo pra onde?

   Nero - Vai ficar amolando cedo já? 

   Eram 7 da manhã, e ambos iniciaram a caminhada rapidamente.

   Nero - Já não basta os mosquitos chatos... Tsc'

   Cherry - Ok, ok. Relaxe! 

   Nero - Helix, é pra onde vamos.

   Cherry - Resolveu falar é? Rs' - e fez uma expressão cômica, debochando dele.

   Nero - ...

   Cherry - Desculpa... - e abaixou a cabeça.

   Alguns minutos mais tarde, encontraram um portão vermelho, não muito maior do que eles, com a inscrição em cima da grade:  Bem-vindo à Helix.

    Nero - Convidativo, hein?

   Cherry - Pois é... T-- e parou, porque lembrou que ele não queria ser amolado.

   Nero - Vamo' lá.

   Ele empurrou o portão pequeno, e ouviu-se gemidos, provocados pelo mesmo, já enferrujado.

   Assim que adentrou à cidadezinha, já andou em uma direção fixa.

   Cherry - Sabia...

    Ele então chegou até uma casa pequena, mas bem arrumada, com cercado e tudo mais.

    Foi até a porta e bateu algumas vezes nela. Em ritmo frenético.   TOC! TOC! TOC!

    Nero - Hey! Abra a porta! - e continuou a bater.

   E em alguns instantes, uma voz de dentro respondeu: 

   - Já vai! Calma!

   Após alguns barulhos na tranca da porta, ela se abriu e apenas um pequeno pedaço dava para se ver.

   -Ahn?

   Nero - Ivy, deixa a gente entrar.

   Cherry - Oi, prazermeunomeéCherryeeutovindode--

   Nero - Ela não quer saber! - e entrou na casa da garota.

   Ivy - Não é assim que se fala com uma prima, sabia?

   Nero - É, é. Obrigado pela hospitalidade.

   Ivy - Ugh' Ele é sempre assim? - perguntou olhando pra Cherry.

   Cherry - Quase, sei muito pouco ainda. 

   Nero - Tô precisando de um favor seu. 

   Ivy - Não enrola! Fala logo.

   Nero - Preciso da sua ajuda pra recuperar minha energia de volta.

   Ivy - Como???

    Nero - Olha, depois eu explico. Preciso da ajuda, o mais rápido possível.

   Ivy - E como é que eu fico? E a minha casa? Você acha que eu vou sair por aí dando uma de maluca só porque você me pediu?

   Nero - Você veio da mesma base que eu vim, sei que tem força o suficiente pra me dar uma mão, te conheço. A sua casa é pequena, a gente arranja alguém pra cuidar daqui.

   Cherry - Para de ser grosso, ela é sua prima ou não?

   Ivy - Sim, somos primos. Mas ele é totalmente folgado.

    Nero - Sou mesmo, admito.

   Ivy - Olha, eu aceito ir com vocês mas, antes, preciso que me ajudem a acabar com o problema desta cidade.

   Cherry - O frio? Porque tá muito mesmo...

   Nero - Diga.

   Ivy - Explico no caminho, venham comigo.

   E a garota foi andando até a cozinha, até que se sentou em uma cadeira e apontou algumas folhas em cima da mesa.

   Ivy - Começa por aí.

    Nero - O quê?! - disse o garoto após ler os papéis sobre a mesa.


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Capítulo 1 : Parte 5 - Gemini

   Nero -  DESGRAÇADO!
    
   Pessoa 1 - Ei, ei! Calma lá, garotão...

   Nero - Calma lá coisa alguma. Estou há duas semanas te procurando, larápio!

   Cherry - ...er....

    Veja bem, caro leitor ( agora infame também, de tanto ler esta história ). Não queria começar a contar tudo isso de um modo tão objetivo e rústico mas, era o jeito.... enfim, continue a acompanhar no que vai dar tudo isso...

   Cherry - Nero, v-você conhece ele? ...

    Nero - Claro que conheço! 

    Cherry - Mas como assim? Eu pensei que a vítima aqui fosse eu, poxa!

    Nero - Deixa eu tentar simplificar. Digamos que esse cara aí, que tem exatamente a mesma cara que eu, é meu "irmão" de alma.

    Cherry - Simplificar é? Não vou entender nada assim...

    Pessoa 1 - Chega de papo! Como me encontrou, Nero?

    Nero - Ugh... Você só esqueceu que faz parte de mim, não é?

    Cherry - PÁRA COM ISSO! Quem é ele??? E quem é você, Nero???

    O garoto se assustou com a reação da menina-de-orelhas-grandes, e depois de sair de um estado de raiva, ansiosidade, susto e dúvida, ele respirou e começou a falar:

    Nero - Primeiramente, meu nome é Nero, exatamente como me apresentei. Venho de uma base distante, localizada no sul d--

    Pessoa 1 - AH! Pára com isso, vai! Não to afim de ouvir você falando besteira por aí. E vê se me deixa em paz!

    Nero - Como é??? Você foge de mim por duas semanas, se torna chefe de uma gangue local e depois ainda me recrimina? Além de ficar zanzando solto por aí, né? Cê é um irresponsável, Laugh.

    Cherry - Laugh??!!  O quê?!

    Nero - Bem, digamos que eu seja.... um tanto.... como posso dizer.... multifacetado! Isso!

    Cherry - Como assim...?

    Laugh - Chega de papo! É hora de te mostrar que posso ter uma consciência própria, ouviu? AGARREM ELE!!!

     Neste momento, os dois homens "graúdos" que estavam ao lado do estranho garoto de cabelos loiros começaram a se mover rapidamente para cima de Nero, em posição de ataque. O garoto logo puxou o objeto que havia trazido, puxando o pano que o cobria. Ele então se mostrou em posição de defesa, segurando uma espada média, estilo katana.  

    Nero - É MELHOR VOCÊ NÃO CORRER, LAUGH! CÊ TÁ FRITO!

    Ele se moveu tão rapidamente, desviando dos golpes destruidores dos gigantes, cortando a garganta de ambos, num movimento fatal, fazendo um olhar totalmente frio e odioso para com Laugh. Foi então andando em direção à ele, que se mostrava cada vez mais espantado.

    Nero - Você correu muito de mim, não é? Pestinha....

    Laugh - E-er, relaxa, cara. Me ajuda aí vai?! Eu só queria liberdade... NÃO! NÃO! NÃÃÃÃO!!

    O garoto tocou com sua mão direita o peito de Laugh e uma luz surgira dali.

     Nero - Você volta hoje pra casa. Chega de bagunça!

    E num movimento tão rápido, o garoto loiro desapareceu, unindo-se à Nero.

     Cherry - Er... Será que dá pra me explicar?

     Nero - Vamos andando.

     Já fora do galpão, a garota perguntou:

    Cherry - Por quê você age tão sem pensar? E de onde tirou essa espada???

    Nero - Sei lá! Fui treinado assim. Ué? Lâminas não são normais? Uso apenas para me defender.

    Cherry - Não, não são!

    Nero - Você carrega uma adaga na cintura, isso conta?

    Cherry - ...deixa pra lá; Olha, o que foi aquilo? Dá pra me contar?

    Nero - Vou resumir, ok? Vê se entende. 

    Cherry - O-ok!

    Nero - Eu sou um viajante, e venho de uma base ao sul daqui, conhecida como Lide Camp, um local construído para montar pessoas para o combate. Eu nasci lá, e aprendi desde cedo a arte da guerra. Não é à toa que carrego uma espada. Enfim, eu tinha um mestre lá. Ele me ensinou o conceito de quase tudo nesta vida, e como seu último suspiro, me deixou um livro, contando como conseguir todas as técnicas que ele aprendera desde então. Ao pegar o livro pela primeira vez, testei uma das técnicas, conhecida como Gemini, que divide o seu corpo em partes, incluindo sua energia. Como se fossem mesmo gêmeos. Ao fazer isso, cada cópia minha se espalhou por aí, e eu vago procurando cada uma delas pra poder restaurar minha energia novamente e poder correr atrás de outros objetivos. 

    

    Cherry - .... Você é estranho, sabia?

    Nero - Você tem orelhas de raposa.... e ainda fala meu?

    Cherry - Hey! Olha lá como fala comigo. Sou de uma raça em que orelhas como esta são normais, ok?

    Nero - Certo, certo. Não me faça mais perguntas que eu paro de te aporrinhar. E ah! Lembrei de uma coisa.

    Cherry - O quê?

    Nero - Pára de me seguir. Agora, sério.

    Cherry - Não dá, não tenho pra onde ir. Depois de você acabar com o meu ganha-pão, não adianta mais nada ficar aqui nesta cidade pequena. Quero um mundo maior pra mim! E você viaja não é? É perfeito pra mim!

     Nero - Se me encher, te jogo pra fora, ouviu?

     Cherry - Tá bom, dá pra parar de ser grosso?

     Nero - Vou tentar. Você me roubou, não foi grosseria sua? E... AH! Lembrei de mais uma coisa!

     Cherry - O quê foi agora?

     Nero - Estamos sem dinheiro.

     Cherry - ...

     Nero e Cherry - Aff......




FIM DO CAPÍTULO 1

domingo, 22 de janeiro de 2012

Capítulo 1 : Parte 4 : Capuz

                                Em torno de 20 minutos, Nero chegou à estalagem.... 


   Nero saiu correndo em direção ao quarto que alugara. O senhorio da casa até estranhou e reclamou um pouco, pois odiava muito movimento, principalmente em seu estabelecimento. No caminho, Nero esbarrou com cinco pessoas diferentes, algumas com bebês, outras apressadas como ele, mas ele não deixou de correr até o quarto.
    Assim que chegou até lá, abriu a porta o mais rápido possível e adentrou ao quarto pequeno. No momento, ele apenas respirou um pouco e sentou-se em sua cama.

   Nero - Será que é a hora finalmente? Passei por treinamentos, mas não sei se posso agir por conta própria...   Droga... O que eu faço?

    Ele então se virou pro lado e olhou para um objeto encostado na parede, coberto por um pano escuro.

    Nero - Que seja! - e foi até o objeto estranho e o pegou, saindo do quarto rapidamente.

     Enquanto isso, no bar....


     Cherry - Ele não vem-ele não vem-ele não vem...... Mas é claro que não vem. Jamais viria.

     E ao longe, avistava-se um garoto de cabelos brancos correndo como se não precisasse respirar. Nem um pouco.

    Nero - *arf arf* Fala aí, garota! *arf* Tudo certo? *arf*
   
    Cherry - ... Er... Eu pensei qu--

    Nero - Que eu não viria? *arf* Mas que absurdo! Não disse que voltava logo?

    Cherry - Er... Por aí...

    Nero - *arf* Você tenta fugir de todos os jeitos. Que piada... Rs' *arf*

    Cherry - Você é engraçado, viajante. Vai longe, diferente de mim.

    Nero - Me chame de Nero, por favor. *arf* E vou longe mesmo, mas você não vai por quê não quer. 'Hunf!  - falou o garoto, ainda arfando depois de correr por mais 20 minutos.

    Cherry - Tenho os meus problemas, tá bom?

    Nero - Eu to aqui pra te ajudar né? Então... Me diz nosso rumo.

    Cherry - Me sinto mal por te envolver nisso e, aliás... O quê é isso aí que você trouxe?

    Nero - Algo pra poder resolver seu problema. Anda, vamos logo até o cara que te assombra tanto, eu vou dar um jeito nele.

    Cherry - Você realmente não pensa muito pra agir, né? Sabe, a gente podia planejar um pouco mais...

    Nero - Pra você ter tempo de roubar mais alguma coisa? Jamais! Da minha vista você não some.

    Cherry - Me desculpa, tá bom? Eu precisava.

    Nero - Vamos andando. Não quero te dar tempo pra começar uma choradeira de novo, não aguento isso.

    Cherry - Você me assusta...

    Nero - Sério? Você é a primeira pessoa que diz isso, talvez porque tenha ME ROUBADO, NÉ?

    Cherry - Vamos andando, então. - e ficou quieta por um bom tempo.

    Depois de andar mais alguns minutos, eles chegaram à um beco sem saída, com uma porta no final.

    Cherry - É por aí. É um galpão abandonado, agem por aqui.

    Nero - Ótimo. Não tardou pra conseguirmos chegar.

    Cherry - Tem certeza disso?

    Nero - Nunca tive tanta certeza. - disse Nero com os olhos fixos na porta, enquanto andava até ela.

    Ao encostar a mão na maçaneta, sentiu um frio na espinha que, logo depois, cobriu todo seu corpo.

    Nero - Tá na hora. - e fez um sinal com a cabeça para a garota, dizendo pra entrar.

    Na hora, ele abriu a porta, já preparado para enfrentar o que quer que viesse contra. Porém, se deparou com um galpão silencioso, sem nada de mais, apenas algumas caixas e redes presas no teto.

    Nero - Você me disse que seria aqui, não era?

    Cherry - E era! Fica quieto e continua andando!

    Ao falar isso, ele escutou pessoas conversando, logo depois de um monte de caixas, deveras mais alto do que ele. Ao que parecia, eram 3 pessoas.

    Nero - Parece que achamos.

    Pessoa 1 - Os senhores estão de brincadeira comigo? Isto não é alguma piada é?

    Pessoa 2 - Jamais, senhor. Fizemos o máximo que pudemos, mas parece que não dá mais.

    Pessoa 1 - Certo, certo. Lhe darei mais uma chance, senhor Roose, de conseguir o que quero. Depois disso, sua cabeça será minha, e não adianta discutir.

    Pessoa 2 - S-sim, senhor! Entendido.

    Nero - Do que eles estão falando? O quê é isso..?

    Cherry - Negócios.

    Pessoa 1 - Certo. Pode ir agora, senhor Roose. E da próxima vez que nos encontrarmos, quero meu dinheiro de volta... E... Vince, você percebeu que tem mais alguém aqui conosco também?

    Nero - !!! E agora???

    Cherry - Shhh!!!

    Pessoa 1 - Trate de trazê-lo agora mesmo para mim!

    Vince - Sim, chefe.

    Naquele momento, Nero se deparou com um homem que tinha duas vezes o seu tamanho e aparentava ser o mais rústico possível.

    Nero - E-er, o-o-o-oi???

    Vince - Venha comigo, agora! - e pegou o garoto pelo capuz da capa.

    Ele então o levou até uma mesa, num local escuro, com apenas uma luz central, e o jogou numa cadeira, junto com Cherry.

    Pessoa 1 - Ora, ora. Cherry-chan. O quê faz aqui? Conseguiu mais alguma isca?

    Cherry - E-er... Olá, chefe.

    Nero - O-olha, eu desisto, vou embora e não dou mais problemas pra vocês, eu juro!

    Cherry - Calado!

    O homem estão chegou mais próximo da mesa e deu pra se ver um pouco do rosto.


    Pessoa 1 - Está assustado?

    Nero - Espera aí! Eu conheço você! Era o cara com quem trombei ao entrar no bar!!!

    Pessoa 1 - VOCÊ??? SAIA DE PERTO DE MIM!

    Nero - O-o que?

    Cherry - ...

    O homem então se aproximou da janela, onde dois homens estavam encostados por lá.

                                             Seu rosto finalmente apareceu.
    Nero - Mas... VOCÊ!



quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Capítulo 1: Parte 3 - Cherry, desculpas.

   Antes de mais nada, gostaria de dizer à você, leitor ( provavelmente ingrato com o tema ), que naquele tempo, era possível se trocar dinheiro por trabalho! Impressionante! Hoje em dia, quem pede pela troca normalmente só leva um tabefe, tachado de piada. Mas naquele tempo, era possível, tudo era.


 

   Depois de lavar mais de 200 pratos, talheres, copos, garrafas e vasilhas, nosso tão grandioso "herói" estava  muito mais do que cansado, estava a ponto de cair.

    Porém, ao sair do estabelecimento, quebrado ( tanto fisicamente quanto mentalmente ), encontrou-se com Cherry, encostada da parede ao lado do bar.

   Nero - Olha, se veio aqui pedir desculpas, saiba que agora não adianta mais.

   Cherry -  Por favor! Eu estava precisando do dinheiro o quanto antes possível!

    Nero - Ugh... Ah é é? E pra quê? Posso saber?  *Hunf*

    Cherry - É um assunto meu, preciso resolver isso sozinha.

    Nero - Você tem a audácia de me roubar, depois vir pedir míseras desculpas, e quando quero saber o que se passa você apenas foge? É isso mesmo?

    Cherry - Não... é que...eu... Ugh'

     Nero - Olha, se está precisando de ajuda, procure alguém melhor. Não tenho pose pra ficar andando por aí acabando com gente má dando uma de mocinho. Sou um viajante, e tenho meus objetivos. Que por acaso, sabe, foram atrapalhados por você...


    Cherry -  Rs' Me desculpa te interromper, eu não mexo mais com você.

    Nero - Hunf' Bom mesmo.

    E saiu andando, batendo os pés, como se tivesse feito bastante pose quanto falara que não.

    Em um último segundo, ele se virou pra trás, e viu a garota ( nem mesmo dava pra entender se era uma garota, pois tinha orelhas tão grandes que chegavam até a assustar ) chorando, encostada num canto.

    Nero - Ugh' Isso é uma arma contra mim. Por quê? POR QUE?


     Ele então seguiu de volta ao bar, desta vez com uma expressão tão estranha no rosto, que jamais alguém o reconheceria fazendo aquele bico todo.

    Nero - Levanta daí! Olha, você me fez lavar tanta coisa que eu nem mesmo consegui contar. Rs'

    Naquele momento, Cherry sentiu uma pureza dentro dele como jamais vira antes. Até soltou uma risada, no meio daqueles soluços de tristeza.

    Nero - E-eu não quero te deixar aqui sozinha, caindo aos pedaços na frente de um bar. Mas também, você está me devendo um favor, e eu irei cobrá-lo. Pode ter certeza. Mas por ora, o quê foi que aconteceu?

    Cherry - *Hic* Eu...eu... trabalhopraumagangue e elesameaçammematartodavezquenãotragonada.... - ela falou tudo tão rápido que soou quase como uma palavra só! E se pôs a chorar novamente. Depois, desmoronou no ombro dele.

    Nero - Olha, se acalma. Eu vou ver o que posso fazer... *Ugh*  Vou até o meu quarto na estalagem sul à partir daqui. Volto logo, espere aqui.

    Cherry - Você vai.... m-me ajudar? *Hic*

    Nero - Senta essa bunda gorda no chão aí e aguarda! Eu não vou te deixar fugir enquanto não estivermos quites!

    Ele depois saiu correndo em direção à estalagem.

     Cherry -  ...


     

 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Capítulo 1: Parte 2 - Shrine Bar

   Veja bem, caro espectador da história infame. Quando se vai à um bar, normalmente, se pede uma bebida forte, ou algo pra te fazer cair e não levantar mais. Porém, nosso pequeno viajante tem a cara-de-pau de pedir uma limonada! Que piada! Olhe bem o que acontece com pessoas que fazem coisas como esta:

  Taberneiro - Limonada? Tá achando que tá onde, moleque? Vai chamar a sua mãe aqui agora! Há, há. É só o que me faltava... Limonada... *tsc,tsc*

   Nero - *Ugh* Certo, certo. Me vê alguma bebida que você indique então.

   Taberneiro - Há há! Toma um Coiote Cinzento aí!

   Caro espectador, PS.: Coiote Cinzento era o nome de uma bebida fortíssima que misturava uma cachaça tão forte com um licor extremamente amargo, e que, literalmente, possui fluidos corporais de um coiote!!! Poderíamos dizer que, isso sim era bebida de macho! Rs' Enfim, continuando...

   Naquele momento em que Nero colocou um só gole da bebida em sua boca, sentiu um gosto tão amargo, mas tão amargo, que se segurou para não vomitar ali mesmo. Enquanto isso, o taberneiro apenas ria.
   Depois de "tentar" tomar o tal Coiote Cinzento, o viajante viu que alguém sentara ao seu lado ( direito, pois ao esquerdo estava um guerreiro bêbado tão mamado que já adormecera com os olhos abertos fazia tempos.
    A pessoa que sentou-se ao seu lado vestia um capuz negro, que cobria seu rosto, e partes de seu corpo, mas pelo pouco que Nero conseguiu enxergar, já deu pra notar que não era alguém de bom grado, pois tinha uma adaga presa em sua cintura.


   Nota: Naquele tempo, muitas pessoas que frequentavam os bares eram viajantes, que na maioria das vezes eram perseguidos pelo exército governamental, portanto, o uso de capuzes por parte daquelas pessoas era indispensável. Até o próprio Nero utilizava um.


   De repente, depois de pedir uma bebida ao taberneiro, o viajante coberto pelo capuz se virou para Nero e comentou:

   Viajante - O quê faz por estas bandas, forasteiro?

   Nero se viu tentado a responder à pergunta, mas sentiu que era má ideia sair por aí contando seu rumo pra um qualquer.

   Viajante - Você não fala muito mesmo, né? Qualé! E se eu lhe pagar uma bebida? *Rs'*

    Nero - Não tenho obrigação de responder à nada vindo de uma pessoa que sequer mostra seu rosto para comigo.

   Na hora, o viajante se virou e puxou o capuz, mostrando uma figura totalmente inesperada.

   Nero - Mas o quê--?  O quê diabos é você?

   Viajante - Ué? Fica assustado quando vê mulheres? Rs' Prazer, pode me chamar de Cherry. - e apertou a mão de Nero.

    Nero - Não é isso! O quê são essas--

    Cherry - Orelhas pontudas? Espantado? Este bar, o Bar Shrine, é conhecido pelas diversas raças que o visitam. Qualé! Você já deve ter visto alguém diferente por aqui, não é?

    Na hora em que ela comentou aquilo, Nero se virou para trás, e viu que o bar todo estava infestado de pessoas totalmente estranhas! Algumas com chifres, outras com orelhas grandes, outras com a pele roxa...

   Cherry - Não se preocupe. Dentro deste estabelecimento, nada de mal pode lhe acontecer. Apenas relaxe um pouco. Vejo que pediu algo bem forte, hein? Coiote... Esse troço é nojento! *ugh* - e fez uma careta com a língua pra fora.

   Nero -  Rs'  Você é engraçada. Prazer, sou Nero, venho de muito longe, por isso não sei quase nada destas terras. Será que podia me ajudar?

   Cherry - Claro! Mas saiba que tudo tem um preço.

   Nero - Diga logo. Não faça mistério. O quê quer?

   Cherry - Quero que me ajude! - sussurrou no ouvido de Nero.

   Nero - O quê?! Como assim?

   A viajante então se virou e saiu em passos largos do bar.

   Nero - Mas que estranho... Quê será que ela queria?

   Taberneiro - Ela é estranha mesmo, relaxe. Tentar entender a Cherryzinha é algo complexo demais.

   Nero - É né...

    O taberneiro então olhou meio torto pra Nero e perguntou:

    Taberneiro - São 30K.

   Espectador, Nota:  K era a moeda daquela sociedade, que significava King, ou Rei. Era uma moeda universal, utilizada em praticamente todos os estabelecimentos que trabalhavam pro governo mundial. Um K equivalia a 20 moedas de bronze, ou 10 moedas de prata, ou 5 moedas de ouro.

    Nero - Certo, certo...

   Ele então pôs a mão no bolso e viu que não tinha nada ali. Naquele momento, ele se desesperou completamente, pois o taberneiro já estava lhe olhando feio, e Nero sabia que tinha de arranjar o dinheiro, pois o homem era quase duas vezes maior do que ele.

    Nero - Erm... Hihi.... A-Aceita gratidão?

    Em sua mente, apenas uma palavra se repetia em um tom tão nervoso quanto possível:


     Nero - CHEEEERRY!!!!!!



segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Capítulo 1: Parte 1 - O Prologo de Saída

    O vento era forte, folhas secas voavam por toda a parte. O vilarejo, inquieto pelo som da algazarra provocada pelo bar central, apenas reclamava e resmungava aos montes. E depois de ver tudo o que estava acontecendo, um jovem viajante que passava por ali resolveu ir ao bar que tanto se falava, claro, depois de uma longa noite de sono em alguma hospedagem meia-boca. Quando já era de manhã, com os pássaros fúnebres da área fazendo tanto barulho quanto possível, o viajante se pôs de pé e começou seu rumo ao bar de antenoite, que por acaso, infelizmente, estava fechado. Sem algum rumo e objetivo naquele lugar, com o pouco dinheiro que lhe restava, o viajante decidiu testar um tour pelo local, conhecendo o que tinha de bom ( se tinha de bom...); E em torno de uma ou duas horas, voltou para a estalagem de onde viera para moldar seu rumo mais uma vez. Ah, esqueci de contar a vocês. O nome do viajante era Nero, e era totalmente maluco por dentro, apesar de apenas parecer uma pessoal normal e quieta por fora.
    Nero, ao concluir seu plano dentro do tempo estimado, viu que não tinha muito dinheiro pra continuar no lugar, e que logo teria de seguir em viagem mais uma vez...:
  Nero - Mas que droga! Logo hoje que eu pensei que poderia aproveitar o dia numa boa por aqui... *tsc'* - resmungou ele.

    E depois de ficar planejando por algum tempo dentro daquele quarto-cubículo que alugara, desta vez, decidiu ir ao bar, o tal falado ( nem bem falado, visto que todo mundo reclamava de seu barulho excessivo, e nem mal falado, visto que trazia dinheiro ao vilarejo, e que pelo menos 70% das pessoas que moravam por lá frequentavam-o ). Em contrapartida, Nero desta vez ia para ficar por lá, estava um pouco cansado de ficar no quarto pequeno da estalagem e decidira que iria tomar alguma coisa, com o dinheiro que lhe restava.
    Avistando o local de longe, ele viu que mais uma vez estava lotado. 

  Nero - Que será que tem de tão bom nesse lugar? 
  E depois falou bem baixo, em tom sarcástico: 
  Nero - Bebidas, óbvio. Mais o quê? Rs'

    Ao entrar no bar, logo esbarrou com uma pessoa vestida de capuz e manto ( que cobria o corpo todo) que estava acompanhada de mais alguns homens de tamanhos nada favoráveis a seu lado... :

   Homem de Capuz - Ei! Olhe por onde anda, idiota.
   Nero - Sim, me desculpe, senhor.
   Homem - Se toca! Rs'

   Naquele momento, nero sentiu uma sensação estranha, como se tivesse alguma ligação com aquele homem em que esbarrou.

   Nero - Ei, senhor! Por acaso eu o conheç-- *Ugh* Ué? Pra onde foi?

   No mesmo momento, ele teve um dejavú ( algo como se já tivesse visto exatamente a mesma cena em sua cabeça ).

   Nero - Ugh! Tô ficando maluco. Esse lugar fede... Melhor começar bebendo algo.


    Logo ao sentar num banco perto de um guerreiro, caindo de bêbado, o taberneiro já o atendeu:

   Taberneiro -  Como anda, forasteiro? O que vai ser por ora?

   Naquele milésimo de segundo, o viajante olhou pra prateleira e perguntou pela primeira bebida que lhe viera à cabeça:

   Nero - Erm... Limonada?


PARTE 1 - FINAL